Noite de São João

Na ausência de folguedos
Pra consolar-te tão cedo
Encomendaria uma missa

Mas nessa época tão vã

Sabendo que és cristã
Envio-te apenas a self 
Do teu Amado Batista.

Batista com outros sinais
No nome só inscrição
E o povo de boca aberta
Na praça lotada e inserta
Mulheres de perdição
E homens sofrendo mil ais
Lascivas mulheres passavam 

Em sanhas de não acabar mais
Suas Magrezas e  opulências

Num concurso de indecências
Exposição de pecados capitais.

Andei de um lado pra outro
Perdendo-me em cada esquina 
Olhando o desconsolo
De quem vagou como tolo
E que fotografei com as retinas.

Entre goles de cerveja 
Licores e devaneios
Porém com a mente sana
Mantendo a chama acesa
Nessa divina comédia humana.







Para um cordelista  amador
Tento passar um quinhão
Do que viu na noite estrelada
Numa cidade do interior
Sob o luar do sertão.

Sob o luar do sertão
Parece até canção popular
Mas é apenas relato
de um momento de fato
Da noite de São João.

Wbomfim 24/06/2016

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  1. Neci Soarea em Análise
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