“ A carne do mercado é negra”!
O preço da ganancia,
O cheiro de sangue
No morro,
Viela encardida.
“ A carne do mercado é negra”!
Noite sorrateira espreitando a vida,
Vida chibatada,
Ferrão,
Na bala perdida encontrando a “carne negra”.
A carne embrulhada em pavor,
Camuflada em verde oliva,
Encobrindo a dor.
O asfalto negro em Guadalupe, nada santo
No Cabula,
No pranto do Catendê.
A carne do mercado nua,
Pra qualquer um ver,
É parda,
É negra,
É pobre!
08/04/2019