Quando a noite bater a tua porta





Quando a noite bater a tua porta

Quando a noite bater à tua porta, haverá lamento,  tristeza.
Será um tempo de revolta, de indignação, de pavor.
Quando a noite bater à tua porta
cada lágrima  caída engrossará o leito de um  rio
 repleto de dor e sofrimento de tantos desvalidos, antes invisíveis para ti.
Quando a noite bater à tua porta, a amargura travará em tua boca,
Tua cabeça explodirá de dor,
Justamente na nuca que emprestaste para a violência consentida.
Quando a noite bater à tua porta,
Estarás como um náufrago agarrado a um bote sem remos,
Balançando sobre as ondas do medo.
Quando a noite bater à tua porta,
tentarás escrever na parede nua um pedido de socorro,
como tantos escreveram um dia com as unhas em carne viva.
Quando a noite bater à tua porta
buscarás uma réstia de luz numa janela imaginaria.
De lá virá um vento fresco que sopra sobre o teu rosto pálido e pegajoso.
Imaginária por certo, a liberdade passará lá fora, numa longa noite escura.
Quando a noite bater a tua porta!

Tags:

0 0 votos
Article Rating
Inscrever-se
Notificar de
guest

0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comentários

  1. Franklin Passos em Análise
0
Adoraria saber sua opinião, comente.x