Tom: A
Introdução: Bm E7 F#m
Pedra de ferro vai rolando ali ao lado
E um garrote no pescoço aprisionado
O desacato a um sistema condenado
A cria, o choro, tudo televisionado.
Ô Itabira argh!
Ô Itabira xô!
Ô Itabira argh!
Ô Itabira xô!
Nem mesmo triste , ô Itabira, hoje eu sou
Só vejo pedras escuras pelo caminho
Eu tenho marcas no pescoço, desalinho
Eu sou “dos Santos”, sou de “Silvas” , “ Sim Sinhô”!
Ô Itabira argh!
Ô Itabira xô!
Ô Itabira argh!
Ô Itabira xô!
Eu tenho a culpa, tenho o calo, a noite fria
A carne nua, carne crua, infiel
A esperança já fugiu em agonia
Com a boca cheia de sufoco e muito fel.
Ô Itabira argh!
Ô Itabira xô!
Ô Itabira argh!
Ô Itabira xô!
Wagner Bomfim
07/11/2021
P.S.
56% da população brasileira é negra!
Dos 80% dos assassinatos ocorridos em 2020 as vítimas são negras!
Para mim foram chocantes as cenas de uma mulher, mãe, pobre sob a opressão do estado!
Fim do estado de direito!
A poesia apresenta toda violencia.