Há 230 anos um homem foi morto expiando os crimes de outros tantos burgueses inconformados com a exploração popular pelo reino português. Falo de José Joaquim da Silva Xavier, conhecido historicamente por Tiradentes , profissão rudimentar de odontólogo da época.
Adentrar na história situando-o como um bode expiatório bastaria repetitivo, mas aqui serve para contextualizar o dia de hoje, em que o representante da extrema-direita nacional faz um aceno a sua legião de tresloucados fãs, os rentistas que se locupletam em assaltar o orçamento público com as idas e vindas da Bolsa de Valores e da especulação cambial do dólar, bem como dos irresponsáveis cúmplices assentados na mídia oficial e venal, no caso sobretudo O estadinho, a Falha de São Paulo e a Rede Golpe de Televisão.
Disse e repete todo dia que é ele quem pauta a discussão, quem determina a notícia, desde os corredores do Congresso Nacional até as rodas de bebidas de mesas encardidas de botequim, diante da profunda inação popular, da hipocrisia da classe política vendida, assim como de um judiciário, cúmplice dos golpes contra a democracia desde 2016 e que exibe a sua face frouxa e irresponsável com os destinos da nação mais que ansiada.
Assim como Maria I de Portugal exarou sentença contra os Inconfidentes, jogando o laço da corda no pescoço do “boi de piranha” da então Vila Rica, o Tiradentes, dando exemplo para um povo amedrontado, hoje o STF é achincalhado em rede nacional, via live presidencial das quintas feiras, única forma de comunicação de um governo medíocre, ao receber um decreto presidencial, uma gracinha, indultando um ex cabo de polícia que quer ser senador, o outro “boi de piranha” das falcatruas do governo protofascista que vivemos, chamado Daniel Silveira.
Aquele mesmo que quebrou uma placa de rua que homenageava a Marielle Franco, ex vereadora do Rio de Janeiro assassinada há quatro anos, crime até hoje sem solução.
Esse cabo, expulso da polícia militar do Rio de Janeiro, após 60 punições por desordens, contrasta com o herói nacional, o alferes Tiradentes, posto que o primeiro é apenas mais um musculoso desmiolado e de perfil impotente anabolizado , a buscar holofotes para sua promoção política, vez que nada fez de positivo no Congresso Nacional a não ser achincalhar as instituições da república a que ele deveria zelar.
Tal indulto, além de francamente inconstitucional , tem o condão de colocar a nossa Maria I do Brasil ( a noivinha do Aristides) apenas em evidência na roda de conversas dos jornalecos e de seus jornalistas medíocres, jogando pra torcida como se diz no jargão do futebol.
Daniel Silveira de qualquer sorte entrará para a história, primeiro por quebrar um signo de independência e da luta feminina dentro e pelas comunidades pobres das favelas do Rio de Janeiro, assim como por ter afrontado as instituições dessa hoje república de bananas chamado Brasil.
O STF sangra covardia e pusilanimidade “ Tofolitica” , com um congresso também idêntico e descompromissado com o povo que o elegeu, enquanto a Maria I do Brasil ( a noivinha de Aristides) começa a chafurdar de vez o país às vésperas do que se pensa vir a acontecer, uma “eleição democrática” sob as botinas dos milícos e das milícias!
“Libertas quae será tamen”!
Wagner Bomfim
21/04/2022
👍excelente
Parabéns Wagner!!
Este retrato falado nítido, da realidade nua e crua, deste Brasil escravocrata. Aqueles da nossa geração que ainda têm um fio de esperança é por pura defesa da triste realidade.
E para nós, de repente foi nos apresentado apresentado o lado da história adormecida, que se tornou um vulcão em plena atividade.
Excelente passeio pela história política do Brasil ! 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Muito bom!!!