Melancolia Lusitana
Trago em mim aqui pulsante
uma melancolia lusitana
entranhada em certas fotos,
objetos largados sobre uma mesa
marcada de tintas,
de borrões
e brancos de memória.
Uma melancolia lusitana
guardo-a,
esmaecida e insuspeita
qual fado “ Amaliano”
a sucumbir os cheiros de verões
um gosto de desejo,
de chás de canela
e dores no peito.
Uma melancolia de além mar
água fugidia nas mãos,
nos olhos,
a encharcar os cantos da alma
Uma melancolia qualquer
imprestável
uma torpe saudade.
Wagner Bomfim
14/02/2023
Coração de poeta! Sentir saudades, parece-me, é privilégio de quem viveu algo bom e inesquecível! Que muitos momentos lindos sejam vividos pois é deles que se têm saudades!