*Aprendiz de escritor*
Começo a escrever, com lápis em carbono, negro.
E imito a letra que o alfabeto acima me norteia.
E descaminho a pauta
Curvas inauditas, qual um deus infante.
Alguém afetuosamente pega a minha mão,
trêmula, a minha mão pequena,
e vai me conduzindo mundo afora.
E vejo sóis,
E enfrento tempestades,
enquanto o carbono doze
marca o tempo no qual passo.
E faço rir,
E faço chorar
borrando a página em branco
Maculada pelo lápis de carbono, negro.
Aos poucos ganha a forma,
A letra rude,
por vezes ela pare outras,
melhoradas.
E vão perpetuando a espécie,
Construindo ladeiras, livros, rios e riscos nas paredes das ruas,
Enquanto deságuo num mar imenso,
Escrevinhando,
Escrevivendo.
Wagner Bomfim
25/07/2023.
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Um poeta solitário, navegando pelos grandes rios, mares e oceanos, levando consigo, poemas e prosas pelo conhecido e o desconhecido.
O andarilho das letras…