O roubo da lua
Que faço eu assim noturno
Sem o compasso do passo no passeio úmido
Sem ritmo
Sem uma lua lá fora.
Todas as cicutas consumidas,
Azias e infartos amiúde
Não aguardarão a solidão
Que me consome.
Que faço eu assim
Sem eu, sem espelho
Narciso embevecido e bêbado
Ante teu brilho escondido.
Wagner Bomfim
03/08/2023
Fotos: Daniel Antônio