As chacinas paulistas a La Borba Gato
Não vou entrar no mérito da opção política dos paulistas no último pleito eleitoral ao escolher um carioca, representante da extrema-direita, para conduzir seus destinos nos próximos quatro anos, porém, o destino turístico de milhares de pessoas, tanto do Brasil quanto do estrangeiro em direção ao estado de São Paulo, o mais rico financeiramente do país, está irremediavelmente cada vez mais difícil, dado o nível e forma como a violência urbana tem se expressado em suas cidades.
Parece que a ordem dada às polícias militares é de literalmente matar a população pobre que margeia os grandes centros, sob a justificativa de combate ao tráfico de drogas. A visão equivocada da elite, representada pelo político de direita assentado no Palácio dos Bandeirantes, que seu governante quer privatizar, numa infrutífera guerra ao crime organizado da forma como é feita, na lógica do mano a mano, tipo, marginais contra policiais no céu aberto das… favelas, só escancara o que é o Brasil dentro e lá fora; um dos países mais desiguais do mundo.
O combate às drogas enquanto visto como problema policial só acresce a dicotomia existente em TODAS as cidades do país, onde inexistem ações do Estado, onde se convive com um estado paralelo, de marginais e das milícias, tendo seus espaços dominados, totalmente controlados por aqueles e por onde deveria transitar a população trabalhadora e honesta.
As polícias, sob a égide de formação fascista, herança da ditadura militar, invadem as comunidades com sangue nos olhos, escondendo das câmaras presas aos seus uniformes, que deviam honrar, aquilo que deveriam evidenciar, qual sejam, ações de prevenção e policiamento em benefício da população. Contudo, o que se vê são até práticas de torturas precedendo a assassinatos, como ficou evidenciado na morte de um encanador na Baixada Santista por uma equipe de policiais oriundos da cidade de … Piracicaba, distante quase 400 quilômetros do local da chacina. Essa é uma prática que se repete amiúde por lá e pelo resto do país e que ensanguenta as belas praias do Guarujá e outras tantas terras brasilis!
Borba Gato faz história com um representante, oriundo do Rio de Janeiro, estado já sitiado pela milícia e pelo tráfico de drogas e armas, ensejando em tão poucos meses o ensino nefasto aos paulistas de como se dizima pretos pardos e pobres.
O extermínio de índios no passado por aquele fidalgo descendente de portugueses, parece fichinha diante do morticínio ocorrido / gerado pelas forças de insegurança nas últimas seis décadas Brasil afora.
Enquanto isso o nosso ouro fica todo nas mãos dos mais variados tipos de bandidos, dentre eles a “elite do atraso” e seu braço armado.
Wagner Bomfim