Tarde

Tarde

 

 

Nesse momento em que se vai a tarde

E  humanas tempestades soçobram nos balcões dos bares

Fito todas as mágoas estendidas sob a luz mortiça

E me afeiçoo uma a uma

e choro intimamente.

Nesse instante em que o copo

se embriaga, vazio de mim

Fito a existência vã dos insetos ao redor

E o coração das guerras ressoa ao longe, tão ínfimo.

Dou um passo ilusório numa rua qualquer,

num largo qualquer,

Sombras longilíneas a vigiar os passantes empedernidos.

 

 

Wagner Bomfim

21/04/2023

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  1. Neci Soarea em Análise
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