Tinha um coração
qual um mar,
imenso,
Tantas vezes navegado.
E os rios desaguavam apaixonados,
Sôfregos, ferruginosos.
Tempestades, palpitações,
e ele, mansamente, espairava
num colo qualquer.
Uma Maria, então,
tornou-lhe apoplético,
sem ar,
Em completa paixão e mistura.
E os olhos eram só enchentes sobre um mar barrento.
Hoje o coração tem o olhar
perdido no horizonte,
engolindo um sol posto.
Wagner Bomfim
16/07/2023
O outro é o SOS Camarajipe limpo!