O Pato
Vi um pato voando
Baixo, ao peito, rastilho
Quac! Quac! Quac!
As telhas tiniam inseguras
Goteiras seculares em erupção
Quac! Quac! Quac!
Alguém disse: deve ser de Maringá.
Triste lugar,
Sem mar,
Sem ingá
Quac! Quac! Quac!
Não Moro lá.
Wagner Bomfim
Ao pó voltarás!
O herói era de barro
Músculos estagnados
No limbo das horas.
A palavra, sem gérmen,
Letra a letra
Se debulhando
Ante o pó da argamassa.
Amorfa.
Wagner Bomfim