Pato rouco

 O Pato

Vi um pato voando 

Baixo, ao peito, rastilho

Quac! Quac! Quac!

As telhas tiniam inseguras

Goteiras seculares em erupção

Quac! Quac! Quac!

Alguém disse: deve ser de Maringá.

Triste lugar,

Sem mar,

Sem ingá

Quac! Quac! Quac!

Não Moro lá.

Wagner Bomfim

Ao pó voltarás!

O herói era de barro

Músculos estagnados

No limbo das horas.

A palavra, sem gérmen,

Letra a letra

Se debulhando

Ante o pó da argamassa.

Amorfa.

Wagner Bomfim

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  1. Neci Soarea em Análise
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