Claus Von Clausewich

Valho-me aqui da referência bíblica pra se contrapor à tentativa de golpe articulado pelos teístas( neopentecostais), os agro-fascistas, os milicianos e  o partido militar fascista, principalmente este ultimo, saudoso de uma “torturazinha “ e todos sem excessão, sequiosos de manter suas benesses seculares ou no melhor português, suas mamatas e roubalheiras.

Todos os eventos ou tentativas de um golpe militar levados a efeito, sobretudo, desde o 7 de setembro de 2021, que foram anunciados e repetidos na internet do “tio do zap” , a exemplo das interdições das estradas brasileiras após as eleições de 31/10, as manifestações terroristas ocorridas nas avenidas de Brasília em 12/12, dia da diplomação da chapa vencedora das eleições, a apreensão de uma bomba controlada por mecanismo à distância próximo ao aeroporto Juscelino Kubitscheck em Brasilia, nos mesmos moldes da bomba que explodiu no Riocentro no Rio de Janeiro em 1981 e por fim os atos de terror perpetrados nesse domingo, 08 de janeiro de 2023, que depredaram o patrimônio público da capital federal são em verdade uma parte da estratégia militar fascista.

Nesse campo, os aprendizes da Escola das Américas, as ffaa ( minúsculas mesmo) tem sido vitoriosos, seguindo a cartilha, as táticas e as estratégias da Arte da Guerra contra o inimigo maior desses traidores da nação, no caso, a nossa Democracia.

É incompatível para os milícos de todas as forcas, braço armado de uma elite raivosa assentada sobretudo no sul e sudeste do país, que tem incursões no agronegócio predatório, conviverem com os ditames da Constituição Federal de 1988, que promoveu, ou busca promover, a redução das desigualdades sociais, pauta essa maior das políticas dos partidos de centro esquerda.

Desde que ocorreram as manifestações públicas sabidamente financiadas pelo capital internacional ( EUA) alinhado com a tosca elite financeira da Av. Faria Lima em Sao Paulo lá no ano de 2013, que desaguou no enfraquecimento da democracia brasileira com o impedimento de Dilma Roussef, eventos esses que foram o cenário de fundo para usurpar , desde aquela época, os recursos do Pré Sal ( petróleo), o que se viu, por consequência, foi a retirada do protagonismo do Brasil no contexto energético mundial. Além disso, convivemos desde àquela época com uma estratégia montada a duas mãos, entre os EUA e o poder judicial brasileiro, ao instrumentalizar juridicamente a Operação Lava Jato, que acabou com a pujança das nossas grandes construtoras, quebrando nossa participação na engenharia naval e nas grandes construções em infraestrutura, promovendo aumento do desemprego, perda de credibilidade internacional e mantendo o país como uma economia periférica que sempre foi, no caso tornando-nos um mero fornecedor de comodities do agronegócio.
É sim, do interesse de Tio Sam , manter essa democracia fragilizada e dependente de seus interesses geopolíticos, cabendo apenas aos militares fascistas aqui assentados esse trabalho de sufocar as aspirações de autonomia popular, impedindo de nos tornarmos um país autônomo, independente, mantendo esse mesmo povo sob a batuta de um regime “democrático” tutelado.

Tem ocorrido voltas e voltas em redor do estado democrático e, nesse caso, já ocorreram as seis voltas no entorno, volto a dizer, do estado democrático de direito e parodiando as citações religiosas, no entorno da fortaleza de Jericó, estando as nossas instituições de há muito tempo cercadas, corroídas por dentro.

As manifestações desse domingo numa Brasília esvaziada, sem a presença do poder legislativo, em pleno recesso também do poder judiciário, além de um poder executivo em formação e apático ante o prenúncio de manifestações terroristas, que a bem da verdade vinha sendo amplamente divulgada pela imprensa alternativa, poderiam ter sido facilmente identificadas e comprovadas na deep web por qualquer órgão de segurança sério e abortadas no seu nascedouro. Esses anúncios de manifestações antidemocráticas não foram levadas a sério o bastante para permitir que esse mesmo poder executivo viesse a tomar medidas cautelares que impedissem o terror na capital federal. Ocorre perguntar se talvez fosse estrategicamente sabidos e medidos os prejuízos dessas manifestações.

Contudo, todos esses eventos são o estridor rouco do terror fascista em curso no pais, capitaneada pelo partido militar, à serviço da elite dominante repetindo um mantra antigo de um inimigo inexistente, o comunismo, num país que ainda não resolveu suas mazelas sócio econômicas existentes desde o período colonial escravista.

A estratégia militar vai pouco a pouco minando as defesas do seu inimigo, a democracia. 

Ou os partidos de centro esquerda e suas forças democráticas da frente ampla assumem de vez uma postura mais incisiva e encaram o partido militar sem medo, subjugando-o ao poder civil, emparedando-o com o manto da Constituição de 1988, nesse momento em que ocorre o chamado teste 1 para 1 da estratégia militar, ou as trombetas dos cornos do gado fascista soarão outras vezes derrubando de vez a nossa frágil democracia. 

Brasília não pode ser uma Jericó!

Wagner Bomfim

09/01/2023