Dissera-me a ter cuidado.
Que o fosso da alma estava encharcado.
E um ácido a remoer o peito,
A convulsionar amores morredouros.
Anfetaminas à espreita.
Olhei-a de soslaio, longe.
Passei a vagar por cafés.
Vãs noitadas, insones.
Dissera-me a ter cuidado.
Não me avisou da vida, assim,
Cinza, torpe, insípida!
Wagner Bomfim.
31/01/2025